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5 - Casa dos esqueletos

A casa dos esqueletos deve o seu nome ao cemitério tardo-romano e medieval que se localizou por cima dos seus restos, depois da demolição sofrida para dar lugar à construção da muralha do Baixo-Império, nos finais do séc. III ou nos inícios do séc. IV da nossa era. As sepulturas desse cemitério foram responsáveis pela degradação de alguns dos seus mosaicos. Sobreviveu, no entanto, em notável estado de conservação, a grande sala de estar dos donos da casa, a que os romanos chamavam cubiculum . O seu mosaico é uma das obras primas da arte do mosaico em Conimbriga durante o séc. III da nossa era. Um outro mosaico de maiores dimensões, que decorava a sala de refeições, conserva-se ainda no seu suporte original de argamassa de cal. Devido à sua fragilidade, tem de estar coberto por areia para assegurar a sua sobrevivência. Ainda que de dimensões modestas entre as residências aristocráticas de Conimbriga, a Casa dos esqueletos é uma boa obra de arquitetura. Um eixo central organizava a entrada, o peristilo central e a grande sala de refeições, designada por triclinium . O peristilo central era ajardinado, com um arranjo mais simples do que os conhecidos noutras casas da cidade, mas que parece ter tido repuxos de água. A partir deste eixo central, a casa organizava-se com as restantes divisões. No entanto, algumas partes do edifício eram independentes, como a série de lojas abertas para uma estreita viela que separava a casa das termas. Estas lojas parecem ter servido como casas de comida, pois uma delas mostra uma pequena instalação de cozinha.

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