
22 - Casa dos repuxos
A casa dos repuxos, escavada em 1939, é desde então o ex-libris de Conimbriga, devido à qualidade da sua arquitetura, muito valorizada pelos restauros dos mosaicos e dos jogos de água do peristilo central, que tiveram início em 1953. A casa, no seu estado mais conhecido, corresponde à remodelação de um edifício anterior, menos aparatoso em termos de decoração, mas não menos importante pelas suas dimensões e implantação urbana. Esse edifício mais antigo era uma construção em dois pisos: um deles abria-se para a rua principal e dele restam ainda duas lojas num estado próximo do original; o piso inferior, em semicave, abria-se para outra rua que passava no vale, situado hoje fora do perímetro das ruínas; algumas dessas caves são hoje visíveis, mas a casa não está completamente escavada nessa zona, prolongando-se sob o caminho público e nos terrenos fronteiros. Na sua fase mais interessante, a casa era uma residência de notável arquitetura, com uma grande entrada, o peristilo central com os jogos de água e duas salas muito importantes: a grande sala de refeições, ao fundo, e uma sala aberta, espécie de alcova, destinada às funções de receção pelo dono da casa, do lado sul. Ainda nesta zona sul da casa, mas com um acesso lateral através do peristilo, encontrava-se a parte privada, com as salas de estada da família, dispostas à volta de um pequeno pátio com um tanque e uma fonte. À volta da grande sala de refeições, designada por triclínio, ficavam outras de grande importância, decoradas com belos mosaicos e um jardim, cujas dimensões não estão completamente determinadas.

