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21 - Muralha Baixo-Imperial

Em finais do século III da nossa era ou nos inícios do IV, problemas sociais e económicos, de uma magnitude difícil de precisar, levaram à construção de uma imponente muralha defensiva em Conimbriga. Esta estrutura, com uma altura de aproximadamente 6 a 8 metros e uma espessura média superior a 3 metros exibe um importante aparato militar, destinado a uma guarnição permanente e composto por torreões, escadarias, acessos e caminhos de ronda. A sua construção implicou uma redução significativa do perímetro urbano, que passou de aproximadamente 22 hectares para pouco mais de metade, eliminando um considerável número de edifícios privados (casas dos Repuxos, da Cruz suástica, dos Esqueletos...) e públicos (Termas da muralha, Anfiteatro...), cuja demolição foi inevitável. Os materiais de construção foram reaproveitados na nova obra e muitos dos elementos arquitetónicos, esculturas e inscrições conservados no Museu foram retirados do seu interior no decurso de trabalhos de limpeza ou de conservação e restauro. Das duas portas existentes na cidade em época tardia, a porta que se abria sobre a via que vinha de Sellium (Tomar) é a melhor conservada. Está rodeada por duas imponentes torres que defendiam a entrada: no interior um robusto portão de madeira de 2 folhas, possivelmente chapeado, do qual se conservam os gonzos metálicos inferiores e, no exterior, a proteger o primeiro, uma grade em ferro que corria numa calha e podia ser içada e baixada sempre que necessário.

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