
1 - Introdução: da entrada até à estrada romana
Bem-vindo às ruínas da cidade romana de Conimbriga, o sítio arqueológico mais visitado em Portugal. Implantado estrategicamente num planalto delimitado por defesas naturais, o Rio dos Mouros a Sul, e o canhão fluviocársico de Condeixa-a-Velha a Norte, o núcleo urbano que viria a dar origem a Conimbriga desenvolveu-se progressivamente entre o Bronze Final (séc. IX a.C.) e a conquista romana (séc. II a.C). Nos primeiros dois séculos da nossa era a cidade conheceria o seu apogeu. A crise do Império a partir do séc. III e as invasões germânicas, no séc. V d.C., foram responsáveis pela decadência da vida urbana, ao ponto de, em plena época medieval, o sítio ser definitivamente abandonado. Ainda antes de chegar ao parque de estacionamento, já avistou os vestígios da muralha alto-imperial, construída ao tempo do imperador Augusto (27 a.C.-14 d.C.). Esta estrutura não possuía natureza defensiva: a sua função era principalmente honorifica e religiosa, cumprindo-lhe delimitar o perímetro da cidade. Junto ao parque de estacionamento conservam-se ainda os vestígios da porta monumental que assinalava a entrada na cidade da via que de Olisipo (Lisboa) se dirigia a Bracara Augusta (Braga).

